Exposição “Santarém, Cidade em Crescente” inaugurada com centenas de pessoas
Centenas de pessoas estiveram presentes, no dia 7 de maio, na inauguração da exposição “Santarém, Cidade em Crescente”, na Casa do Brasil.
No fim-de-semana, em que Santarém recebeu as “Cortes e Lendas”, El-Rei D. Dinis inaugurou esta exposição que se propõe ser base para uma nova imagem da cidade, assente na sua matriz identitária.
Para Susana Pita Soares, vereadora da cultura, Santarém desenvolveu-se em crescente, procurando abraçar o rio Tejo e a paisagem circundante, física e simbolicamente e esta exposição que combina peças com muitas centenas de anos e intervenções de artistas scalabitanos contemporâneos, “celebra a vida, a história de Santarém, uma cidade com passado mas sobretudo uma cidade com futuro, uma cidade que continua em crescente”.
“Santarém, Cidade em Crescente” aborda temáticas diversificadas, muito ligadas com o fundo cultural da região, com destaque para a importância da agricultura: vinho, azeite e cereais, do touro e do cavalo, do rio e da lezíria. Explora, paralelamente, as vertentes simbólico-religiosas, particularmente as ligadas à fertilidade - ‘paisagem da abundância’, e interpreta a importância local, o simbolismo e a religiosidade das águas, presentes no mito de Santa Iria.
Com 70 peças provenientes sobretudo do espólio do Museu Municipal de Santarém, mas também dos museus Etnográfico da Ribeira de Santarém, Carlos Reis de Torres Novas, Nacional de Arte Antiga de Lisboa, a exposição distribui-se em dez espaços da Casa do Brasil, sempre sob o signo do crescente e da fertilidade.
A exposição conta com instalações de Fernanda Narciso, alusiva ao rio, de João Maria Ferreira, uma "mãe" que emerge da Terra, de Carlos Amado, que explora o sagrado e a luz (uma oliveira e o azeite), e ainda com as fotos de José Freitas e o filme de Jorge Sá sobre a relação de Santarém com a água (da abundância do rio à escassez do planalto que obrigou à criação de centenas de cisternas), bem como "Tons da Terra -- Génese e simbolismos ancestrais da Humanidade", também de Jorge Sá, e "Aqui se ara", de Diana Amado.
Paralelamente, à exposição vão decorrer oito conferências com Luís Mata a 13 maio, Ana Arruda no dia 03 de junho, Nuno Peixinho a 17 de junho, Moisés Espírito Santo dia 08 de julho, Aurélio Lopes a 23 de setembro, Cláudio Torres dia 28 de outubro, Associação de Agricultores do Ribatejo dia 25 de novembro e Mário Tropa no dia 16 de dezembro. Esta iniciativa inclui também apontamentos musicais ao ar livre, visitas guiadas e as oficinas pedagógicas "Ciência à vista" e "Viagens na minha terra".
“Santarém, Cidade em Crescente” teve o apoio e colaboração da Adega Cooperativa de Alcanhões, Agência Portuguesa do Ambiente, Arquivo Nacional Torre do Tombo, Associação Internacional Luso-Brasileira de Integração Arte e Cultura, Círculo Cultural Scalabitano, Centro Nacional de Exposições, Correio do Ribatejo, Eu Gosto de Santarém, Fundação Passos Canavarro, José Miguel Noras, Martinho da Silva, Museu Etnográfico – Ribeira de Santarém, Museu Geológico, Museu Municipal Carlos Reis (Torres Novas), Museu Nacional de Arte Antiga, O Ribatejo, Polícia de Segurança Pública de Santarém, Quinta da Ribeirinha, Quinta do Juncal, Quinta do Arrobe e SL Seguros sem os quais não seria possível concretizar este evento.
A exposição, com entrada gratuita, vai estar patente até ao dia 7 de fevereiro de 2018.